sexta-feira, 30 de setembro de 2011

RITMOS MUSICAIS,

                                                    RITMOS: 
BUGIO: Quando falamos em Bugio, lembramos do primatas das matas do sul do Brasil, macaco de pelos avermelhados que em muitas de suas atitudes imita ou se parece com o ser humano. Segundo Paixão Cortes e Barbosa Lessa, em pesquisa realizada por volta de 1940 encontraram na região das Missões, Planalto e Serra Gaúcha o Bugio sendo dançado em todas as classes sociais. Inicialmente o Bugio era tocado em gaita ponto, ou popularmente como é chama de gaita de voz trocada que ao abrir e fechar fole tirava-se sons que pareciam ser o ronco do Bugio, e é assim que surge o ritmo essencialmente gaúcho que tem como sua principal característica o jogo de fole. Mas a relação com o primata não para por ai, pois nos passos de dança imitamos o Bugio na forma de caminhar dando pequenos saltos, ora para um lado , ora para outro...
* Forma de Dançar: Os passas do Bugio são executados em saltos de Polca, porém agora mais compassado. Preste bastante atenção quando do primeiro passo de abrir, pois é neste tempo que executamos um pequeno salto.

CHAMAMÉ:  Associa-se a palavra “Chamamé” à expressões como “assim no más”, “qualquer coisa”, “a minha amada”, “de qualquer maneira”. A dança originou-se na tribo indígena “Kaiguá”, entre Brasil e Corrientes, pelos índios era conhecida como “Polkakirei”, uma polca movida em ritmo ágil e contagiante, a palavra chamamé teria origem em na frase “Che amoa memé” que significa “te protejo”. Da forma que foi introduzida no Rio Grande do Sul já se perdera parte de sua originalidade. Tomou novas formas, outros instrumentos foram sendo introduzidos e este ritmo se tornou um dos mais empolgantes do nosso Fandango Gaúcho.
* Forma de Dançar: Sempre alternando um pé e outro como no passo de marcha. 
1º movimento: peão avança com seu pé esquerdo em diagonal esquerda, pousando-o no solo e flexionando naturalmente os joelhos. A prenda recua o pé direito, pousando-o no solo atrás do esquerdo.
2º movimento: o pé direito do peão e o esquerdo da prenda realizam uma marcação no lugar.
3º movimento: o peão recua seu pé esquerdo, mais ou menos ao lado do pé direito. A prenda avança seu pé direito para posta-lo próximo ao pé esquerdo.
O 4º, 5º e 6º movimento são repetições dos anteriores, porém executados com pés contrários. 


CHAMARRA/CHIMARRITA: O nome Chama-Rita introduzido pelos colonos açoriano quando da formação do Estado do Rio Grando do Sul conforme conta João Carlos Paixão Cortes e Barbosa Lessa na sua obra "Danças e Andanças da Tradição Gaúcha". Em princípio já era uma espécie de havaneira quanto ao ritmo. Pode-se chamar de Chamarra ou Chimarrita, certo mesmo é que um ritmo muito bom de se dançar.
* Forma de Dançar : Os movimentos da Chamarra são semelhantes aos da Vaneira, obedecem ao dois pra lá e pra cá, diferenciando-se apenas no segundo e no sexto movimento onde acontece uma leve flexão de joelhos tanto do peão quanto da prenda.
CHOTE: O chote pode ter tido sua origem na Hungria, mas existe muitas divergências a este respeito. De acordo com Câmara Cascudo, o chote teve aparição no Brasil graças ao professor de dança Julles Transsaint, que em 28 de junho de 1851lançou o chote com sucesso no Rio de Janeiro. Além de Rio Grande do Sul o Chote também é muito executado no nordeste brasileiros nos famosos bailes chamados de Forró.
* Forma de Dançar: A dança do Chote nos possibilita algumas variações, além da forme enlaçada, encontramos os pares dando-se as mãos e executando figuras como é chamado o chote figurado.

MARCHA: A marcha que marcou época em nosso País foi a Marcha "O Abre Alas" composto por Chiquinha Gonzaga para o Rancho Carnavalesco Rosa de Ouro em 1899, inprada pelo ritmo marchado utilizado pelos negros quando desfilavam se requebrando pelas ruas. Um dos ritmo colaboradores para as danças de pares enlaçados foi o One Step, criado nos EUA no final do século XIX e início do século XX, que logo a seguir veio influenciar as danças de salão brasileiras. No RS a Marcha tem a maior aceitação nos lugares onde predomina a colonização alemã.
* Forma de Dançar : No exemplo ao lado mostramos um deslocamento onde o peão anda para frente e a prenda se desloca para trás, mas os passos de marcha podem ser executados em qualquer direção, desde que e obedeça um passo para cada tempo da música. Esta mesma dinâmica serva para o Chamamé.

MILONGA: Segundo Câmara Cascudo, na Língua Bunda, sa República de Camarões, Melunga no plural torna-se Milonga , palavra quem por volta de 1829, em Pernambuco, significa enrolação, converalha , enredo. Popular no subúrbio de Montevídeu e de Buenos Aires ao final do século XIX é canto e dança do tipo habaneira e do Tango Andaluz. No RS,  a milonga foi introduzida ao som da viola que acompanhava os pajadores, logo em seguida outros instrumentos musicais foram sendo adaptados a este ritmo. Acredito que a Milonga seja o ritmo mais românticos dos fandango gaúchos, acho que os compositores escolheram a Milonga para declarar seus amores, seus romances.
* Forma de dançar: A milonga pode ser dançada de três maneiras diferentes. 
1) Milonga Havaneirada: Copiando os passos da vaneira.
2) Milonga Tangueada: Dançada em passos de marcha 
3) Milonga Riograndense: Dançada no chamado dois em um.
RANCHEIRA: Os dançarinos formam duas fileiras, de um lado os peões com a frente do corpo voltada para a extremidade do salão e do outro as prendas, de costas para as extremidade do salão de frente para seu par , formando uma espécie de tunel, podendo ser de mãos dadas ou não. O último par a direito dos peões passa por dentro do túnel se posicionando na outra extremidade, todos os pares executem este movimento de forme que este trenzinho ande pela sala.
* Forma de Dançar: O passo da Rancheira é semelhante a valsa de seis movimentos, a diferença é que no 1º e no 4º movimento acentua-se uma batida de toda a planta do pé por parte do peão podendo a prenda executar com a meia planta do pé. Vamos aprender aqui duas formas de dançar Rancheira, uma a Moda da Fronteira parecido com a valsa, porém acentuado-se a batida e outra a Moda Serrana, igualmente nas batidas porém um pouco mais saltitada.

VALSA: Ritmo que não pode faltar nas festas mais tradicionais da nossa sociedade : casamentos, aniversários, nos bailes de sarau. A valsa a muito tempo vem sendo a rainha das danças de salão, homenageada pelos maiores compositores da história como por exemplo Mozart, Bethoven, Strauss, entre outros. Sua origem mais recente é das danças rústicas Alpinas da Áustria. Ao Brasil este ritmo chegou por volta de 1816 quando era muito no Primeiro e Segundo Império e esta acabou caindo nas graças do povo, Para o RS, a valsa foi trazida pelos imigrantes alemães e assim como outros ritmos ganhou características regionais tanto na música quanto na dança.
* Forma de Dançar: Existem três formas de dançar valsa. A Valsa Clássica e Capeira com seis movimentos, sendo três movimentos para cada lado e a Valsa Brasileira com quatros movimentos, sendo os dois movimentos para cada lado.

VANEIRA: Sem sombra de dúvida, a a vaneira é o ritmo mais apreciado e mais executado nos bailes gaúchos. Ritmo afro-cubano a Habaneira influênciou vários ritmo dos países hispano-americanos sendo difundida na Espanha. Conhecida também como Havaneira, acredita-se  que seu nome tenha sido uma homenagem a capital de Cuba, Havana ou também como é conhecida la Habana. Chegou ao Brasil por volta de 1866 e influênciou não só ritmos do RS como também o samba  canção dos cariocas. No RS, a Vaneira ou vaneirão ganhou outros nomes, de acordo com o andamento da música. Vaneirinha para o ritmo lento, vanera para o ritmo moderado e vaneirão para ritmo rápido.
* Forma de Dançar: Os passos da Vaneira devem ser executados em quatro movimentos, para cada lado, o conhecido "dois pra lá, dois pra cá".




TRADICIONALISMO GAÚCHO, 45 ANOS DE MTG

                            Movimento Tradicionalista Gaúcho ! 

A história do Movimento Tradicionalista Gaúcho pode ser contada a partir de vários momentos. Alguns reconhecem como ponto de partida a fundação do Grêmio Gaúcho, por Cezimbra Jacques, em 1889. Outros, a ronda gaúcha, no Colégio Julio de Castilhos, de 1947. Ainda há quem defenda como marco inicial a fundação do 35 CTG, em abril de 1948 ou a realização do 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho, em 1954, ou, ainda, a constituição do Conselho Coordenador, em 1959. Tenho comigo que, seja qual for o ponto de partida, o importante é que, em 1966, durante o 12º Congresso Tradicionalista Gaúcho realizado em Tramandaí, foi decidido organizar a associação de entidades tradicionalistas constituídas, dando-lhe o nome de Movimento Tradicionalista Gaúcho, o MTG.
          Assim é que, desde 28 de outubro de 1966, a Instituição se tornou conhecida como MTG.
Muitas pessoas contribuíram para que o MTG se tornasse uma organização reconhecida e respeitada. Nas atividades diárias, nos congressos e convenções, nos eventos de âmbito estadual, nos debates sobre a história, música, folclore, cavalgadas, fandangos, jovens, família, valores, princípios, crenças e tudo o mais que fascina os tradicionalistas, destacaram-se figuras importantes do movimento, tais como Manoelito de Ornellas, Glaucus Saraiva, Hugo da Cunha Alves, Guilherme Schults Filho, Gerciliano Alves de Oliveira, Ieno Severo, Vasco Mello Leiria, Cyro Dutra Ferreira, Helio Moro Mariante, Luiz Carlos Barbosa Lessa, para citar alguns dos que já se foram.
Neste ano, em que comemoramos quatro décadas, é justo que nos lembremos daqueles que construíram o MTG. Lembrar dos pioneiros e homenageá-los é retomar e fortalecer as razões que fundamentaram a criação dessa que é, sem dúvidas, a maior entidade social que conhecemos: são quase 1500 entidades juridicamente constituídas e mais de um milhão de associados. Um fabuloso exército de pessoas que acreditam nas mesmas coisas e se dedicam aos mesmos fazeres culturais.
          O MTG é um orgulho do Rio Grande do Sul, não só pela estrutura que possui no Estado, mas pela dimensão mundial que tomou. No Brasil temos dez federações e uma Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha. Congregamos mais de três milhões de pessoas. No exterior há mais de 20 núcleos em que a cultura, a história e os costumes do Rio Grande são vivenciados diariamente.
          O tema, “MTG 40 anos: Raiz, Tradição, Futuro”, nos dá a dimensão do próprio movimento. Fortalecidos na história, nossa raiz, imersos na tradição resultante da prática continuada de usos, hábitos e costumes, nos voltamos para a construção do futuro.
Reafirmamos a cada dia a lição de Onésimo Carneiro Duarte, por seis vezes presidente do MTG: “Cultivar a tradição, para nós do Movimento Tradicionalista Gaúcho, não é uma atitude de contemplação saudosista. É, principalmente, a preocupação em manter livre para nossos filhos e netos a estrada aberta pelos bisavós. Felizes dos povos que ainda possuem cultura própria. Não é culpa dos gaúchos se a possuímos e cultivamos.”




quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Conheça os tipos de vestimentas dos peões,


Pilcha para Atividades Artísticas e Sociais
Este tipo de indumentária é a mais apropriada para atividades cotidianas, apresentações artísticas e participações sociais, como bailes, congressos e representações.
Bombachas
Tecidos: brim (não jeans), sarja, linho, algodão, oxford, microfibra.
Cores: claras ou escuras, sóbrias ou neutras, tais como marrom, bege, cinza, azul marinho, verde-escuro, branca. Não é adequado usar cores agressivas, fosforescentes, fugindo das cores contrastantes e cítricas, como vermelho, amarelo, laranja, verde-limão, cor-de-rosa.
Padrão: liso, listradinho e xadrez discreto.
Modelo: cós largo sem alças, dois bolsos na lateral, com barra abotoada no tornozelo.
Favos: O uso de favos e enfeites de botões, depende da tradição regional. As bombachas podem ter, nos favos, letras, marcas e botões. Apenas as roupas de época não podem ter marcas.
Largura: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou
seja, uma pessoa que use sua bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve caracterizá-la como tal, tomando cuidado para não ser confundida com uma calça normal. “Bombacha não pode ser apertadinha. Até existe uma regiao do RS e da Argentina aonde as bombachas são um pouco mais estreitas, mas não chegam a ser justa”, enfatiza Guimarães.
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- É vedado o uso de bombachas plissadas e coloridas.
Camisa
Tecido – preferencialmente algodão, tricoline, viscose, linho ou flanela, microfibra (não
transparente), oxford.
Padrão – liso ou riscado discreto
Cores – sóbrias, claras ou neutras, preferencialmente branca. Evitando cores agressivas e contrastantes. “Não é indicado usar camisa vermelha, por exemplo”, explica Élio Ferreira, secretário-geral do Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Gola – social, ou seja, abotoada na frente, em toda a extensão, gola e
punho ajustado com um ou mais botões.
Mangas longas – para ocasiões sociais ou formais, como festividades, cerimônias,
fandangos, concursos.
Mangas curtas – para atividades de serviço, de lazer e situações informais.
Camiseta de malha ou camisa de gola pólo – exclusivamente para situações informais e
não representativas. Podem ser usadas com distintivo da Entidade, da Região
Tradicionalista e do MTG.
É vedado o uso de camisas de cetim e estampadas.
Botas
De couro liso nas cores: preto, marrom (todos os tons) ou couro sem tingimento.
É vedado o uso de botas brancas. As botas “garrão-de-potro” são utilizadas
exclusivamente com traje de época.
A altura do cano varia de acordo com a região. Normalmente o cano vai até o joelho.
Colete
Se usar paletó, o peão poderá dispensar o colete.
Modelo tradicional. Utiliza-se o mesmo tecido e cor das bombachas, ou tom semelhante, sem mangas e sem gola, abotoado na frente. Na parte das costas do colete, é indicado um tecido leve, ajustado com fivela, de uma cor só, no comprimento até a altura da cintura.
Cinto (guaiaca)
Tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas fivelas frontais, ou de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas fivelas frontais. Ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
Chapéu
De feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, e a copa de acordo com as características regionais.
É vedado o uso de boinas e bonés.
Paletó
Usado especialmente para ocasiões formais, podendo ser do mesmo tecido e
cor das bombachas.
É vedado o uso de túnicas militares substituindo o paletó.
Lenço
No caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste.
Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores
vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supracitadas. É possível,
ainda, carijós em marrom ou cinza. “O tamanho do lenço costuma ser o erro mais frequente. Mas se for para ir em um evento que não seja uma representação ou algo mais formal, é preferível que esteja com o lenço mais curto do que esteja sem lenço”,  explica o secretário-geral do MTG.
Faixa
Opcional, se usada deverá ser lisa, na cor vermelha, preta de lã ou bege cru
(algodão), de 10 a 12 cm de largura.
Esporas
Trata-se de peça utilizada nas lides campeiras. Nas representações coreográficas de danças tradicionais é admissível o seu uso.
É vedado o uso de esporas em bailes e fandangos.
Pala
De uso opcional. Se usado deverá ser no tamanho padrão, com abertura na gola.
Poderá ser usado no ombro, meia-espalda, atado da direita para a esquerda. Poderá ser
usado em todos os trajes.
Faca
O uso da faca é opcional nas apresentações artísticas e vedado nas demais
atividades sociais.

Conheça os tipos de vestimentas das prenda,


Pilcha para Atividades Artísticas e Sociais
Este tipo de indumentária é a mais apropriada para atividades cotidianas, apresentações artísticas e participações sociais, como bailes, congressos e representações. O traje feminino deve representar a mesma classe social do homem.


Saia e blusa ou saia e casaquinho
Podem ser usadas apenas pelas prendas adultas (a partir de 18 anos).


Saia
A barra da saia deve ir até o peito do pé. O corte da saia pode ser godê, meio-godê ou em panos. Neusa esclarece: “a saia em panos é como se fosse um gomo de laranja, não são camadas, o tecido sai fino na cintura e fica mais largo embaixo.”


Blusa ou bata
De mangas longas, três quartos ou até o cotovelo, decote pequeno, sem expor os ombros e os seios, podendo ter gola ou não.


Casaquinho 
De mangas longas, gola pequena e abotoado na frente.


Vale para casaquinho, blusa ou bata
As mangas estilo “boca de sino” e “morcego” estão proibidas. Podem ter bordados discretos, babado simples, botões, nervuras, fitas, porém a saia deve ser lisa.

Casadas e solteirasO traje da mulher casada não difere da mulher solteira. A flor do lado esquerdo para uma e direito para outra é um mito. Neusa esclarece que, segundo as normas do MTG, o lado para prender a flor é indiferente. "A tradição até existe, mas isto não é o cobrado pelo MTG, não há nada de mais fundamentado que distingue o traje da prenda solteira e da casada", Élio Ferreira, secretário-geral do Movimento Tradicionalista Gaúcho. O que não é permitido é a flor de plástico. Ela pode ser natural ou de tecido e jamais deve ter brilhos ou purpurinas. A única diferença é que a mulher casada costuma ser mais discreta com enfeites de cabelo, ela costuma usar um pente ou grampo para prender uma parte do cabelo, uma travessa ou um coque.

Acessórios
Pulseiras, relógios e colares estão proibidos, “a menos que seja um relógio bem discreto e delicado. E se tiver um leve decote na blusa, uma correntinha bem fina pode”, explica Élio Ferreira. Anel simples e delicado está permitido.
Tanto na blusa quanto no vestido está permitido o uso de camafeu fechando a gola. Não há problema se ele for de couro, porcelana, pintado, bordado, de pedra, desde que seja discreto.

Vestido
Traje permitido para as prendas mirins, juvenis e adultas.
Inteiro e cortado na cintura, de cadeirão (cintura mais baixa), corte princesa (cintura alta, marcando logo abaixo dos seios).
A barra da saia deve sempre chegar ao peito do pé para prendas juvenis e adultas. Para prendas mirins o comprimento do vestido é meia canela, em torno de 10 cm acima do tornozelo.
O caimento da saia do vestido pode ser godê, meio-godê, franzido, com ou sem babados.
Mangas – longas ou três quartos, admitindo-se pequenos babados nos punhos. Vedado o uso de “mangas boca de sino” ou “morcego”. A mulher não deve mostrar os ombros. No verão, é possível usar a manga um pouco acima do cotovelo.
Decote – pequeno, sem expor ombros e seios.
Enfeites – de rendas, bordados, fitas, passa-fitas, gregas, viés, trancelim, crochê,
nervuras, plisses, favos. É permitida pintura miúda, com tintas para tecidos. Não usar pérolas e pedrarias, purpurina, nem dourado ou prateado.
Tecidos - lisos ou com estampas miúdas e delicadas, de flores, listras, petit-poá e xadrez delicado e discretos. Podem-se ser usados tecidos de microfibra, crepes, oxford. Não serão permitidos os tecidos com aparência brilhosa.
Cores – devem ser harmoniosas, sóbrias ou neutras, evitando-se contrastes chocantes.
Não usar preto, nem combinar as cores da bandeira do Brasil e do RS.
Na categoria mirim: não usar cores fortes, como por exemplo marrom, marinho, verde escuro, roxo, bordô, pink, azul forte.


Saia de Armação Leve e discreta, na cor branca de comprimento inferior ao do vestido. Se tiver bordados, estes devem se concentrar nos rodados da saia, evitando-se o excesso de armação.


Bombachinha
Branca, de tecido, com enfeites de rendas discretas, abaixo do joelho.


MeiasDevem ser de cor branca ou bege e longas o suficiente para não permitir a nudez das pernas.


SapatosNas cores preta, marrom e bege com tira sobre o peito do pé, que abotoa do lado de fora. Ou botinhas nas cores preta e marrom (vários tons são permitidos). O salto deve ser de, no máximo, 5 cm.
Não são permitidos sapatos abertos e sandálias.


Cabelos
Podem ser soltos, presos, semi-presos ou em tranças, enfeitados com flores naturais ou de pano, sem brilhos ou purpurinas. As flores não podem ser de plástico.
O coque é permitido somente para prendas adultas e veteranas. Prendas mirins também não usam flores na cabeça.


MaquiagemDiscreta e de acordo com a idade e o momento social.


Xale e Fichu
Exclusivo para prendas adultas, com ou sem franjas. A diferença entre eles é que o xale é maior e costuma ser quadrado, e o fichu é menor e triangular.


Capa
Todas podem usar para se abrigar. Pode ser de diversos tecidos, de lã, tricô, crochê.

Os principais erros cometidos pelas mulheres em relação as diretrizes da idumentária feminina, do MTG. Saiba o que não é permitido segundo a tradição:
- “uma coisa que se vê muito é prenda adulta usando usando vestido meia canela, isto não é permitido”, explica Neusa. O comprimento correto é no peito do pé.
- uso do chiripá, peça exclusiva aos homens.
- combinar as cores da bandeira do RS ou do Brasil. “Um vestido todo amarelo pode, agora no mesmo vestido amarelo, vermelho e verde não é permitido”.
- roupas pretas
- sapato bico fino e scapin
- sapato aberto ou sandália
- mangas muito bufantes
- saias rodadíssimas com arames
- brincos grandes ou chamativos
- tecidos brilhosos como o cetim ou a seda
- coque nas prendas juvenis ou mirins
- flores nos cabelos das prendas mirins
- unhas escuras, chamativas, vermelhas
- bombacha em bailes e eventos sociais (só pode usá-las em eventos campeiros).
- maquiagem pesada